Acho que todo mundo passa por
algum momento na vida que se pergunta... O que é o amor afinal?
Desde a infância
enquanto nos constituímos sujeitos, interagindo com a sociedade (família,
amigos, instituições em geral), nos foi apregoado sobre o amor.
O amor
como algo tão significativo e impulsionador da vida que desde cedo é
considerado nobre...
Nobre pelo amor
perfeito de Deus pelos filhos ‘pecadores’;
Nobre pelo amor
fraterno de filho... de pai, de mãe, ou mesmo da família (pelo menos a
maioria);
Nobre pela perspectiva
de encontrar alguém na vida para amar, como algo traçado para os ‘eleitos’,
dignos e sortudos, será que existe uma "cara metade tão perfeita que é quase impossível de encontrar?”. Isto acontece porque nos é colocado pela mídia, pelos
livros etc.. a forma mais ilusória e alienante do amor, desde os
desenhos infantis, histórias encantadas, filmes com finais felizes, a luta
entre o bem o mal, um antagonismo humano ocupado por alguém que nos completa
por inteiro.
É na verdade uma busca por um amor perfeito, ai está a grande contradição!! Como seres imperfeitos iriam encontrar amores perfeitos? Somente no mundo das idéias - a reminiscência platônica, algo que culturalmente influenciado (criado) e colocado como possível de acontecer, como se isto fizesse parte do cotidiano no passado da humanidade (não é bem assim, cada cultura tem uma forma de conceber a vida e os sentimentos). Posso está sendo um tanto dramática ou realista...Mas se formos avaliar as condutas que temos nas relações sociais e afetivas, muitas são reproduções de um conceito de amor temporário e individual
Isto porque, a sociedade capitalista transformou no decorrer da história os sentimentos humanos na potência da promiscuidade, com preço, com data, com tipo, com moda, nas condição de uma classe... Ou seja, transformou o amor em palavras vazias, sem identidade, momentâneo e passageiro. Naturalizando-se de tal modo que a individualidade das relações de negócio e de mercado veio parar nas relações afetivas, nos casamentos, assumindo não só socialmente, mas juridicamente um contrato sem data e com preço...
O que antes era feito pela realeza, pela nobreza, e depois pelos burgueses com intuito de não perder a riqueza, hoje não tem classe, porque não se trata mais do material, mas do cultural, do que é meu e o que é seu, do que eu tinha e você não, do que eu posso ou não dividir... Porque “tudo” é por um tempo.. é efêmero.. Desta forma, o amor se torna uma ilusão, doce e amarga, temporária e marcante, dolorida ao final, cujo amor clamado como verdadeiro pode pertencer a outrem a qualquer momento. Assim é fácil questionar: que amor é esse? Por que penso que sinto e depois não sinto nada? Porque foi apenas a vontade de amar alguém que existia em nossas vontades, ou paixões desenfreadas? Construímos os sujeitos amados mais perfeitos do que eles o são... Por isso há ilusão.
É na verdade uma busca por um amor perfeito, ai está a grande contradição!! Como seres imperfeitos iriam encontrar amores perfeitos? Somente no mundo das idéias - a reminiscência platônica, algo que culturalmente influenciado (criado) e colocado como possível de acontecer, como se isto fizesse parte do cotidiano no passado da humanidade (não é bem assim, cada cultura tem uma forma de conceber a vida e os sentimentos). Posso está sendo um tanto dramática ou realista...Mas se formos avaliar as condutas que temos nas relações sociais e afetivas, muitas são reproduções de um conceito de amor temporário e individual
Isto porque, a sociedade capitalista transformou no decorrer da história os sentimentos humanos na potência da promiscuidade, com preço, com data, com tipo, com moda, nas condição de uma classe... Ou seja, transformou o amor em palavras vazias, sem identidade, momentâneo e passageiro. Naturalizando-se de tal modo que a individualidade das relações de negócio e de mercado veio parar nas relações afetivas, nos casamentos, assumindo não só socialmente, mas juridicamente um contrato sem data e com preço...
O que antes era feito pela realeza, pela nobreza, e depois pelos burgueses com intuito de não perder a riqueza, hoje não tem classe, porque não se trata mais do material, mas do cultural, do que é meu e o que é seu, do que eu tinha e você não, do que eu posso ou não dividir... Porque “tudo” é por um tempo.. é efêmero.. Desta forma, o amor se torna uma ilusão, doce e amarga, temporária e marcante, dolorida ao final, cujo amor clamado como verdadeiro pode pertencer a outrem a qualquer momento. Assim é fácil questionar: que amor é esse? Por que penso que sinto e depois não sinto nada? Porque foi apenas a vontade de amar alguém que existia em nossas vontades, ou paixões desenfreadas? Construímos os sujeitos amados mais perfeitos do que eles o são... Por isso há ilusão.
Todavia, gostaria de falar de um amor
possível e vivencial, pensado e sentido em sua forma mais verdadeira e
imperfeita. É claro que amar
e ser amado é maravilho! Mas o amor é algo tão sublime e ao mesmo
tempo tão simples, que o ato mais perfeito de saber amar é saber se doar, é
saber perdoar, é saber reconhecer a felicidade nas dificuldades, é saber que o final
feliz é o dia que acabou tranqüilo, é um abraço apertado, é um colo na hora da doença,
ou da tristeza, é compartilhar a vida! Não há felicidade sem amor,
como também não há amor sem reconhecer a felicidade que outro me nos dá apenas com
sua existência.
E quando
nesta vida, encontramos alguém que nos faz sentir como realmente somos, e nos
ajuda a crescer e sentimos tanta a sua falta, cujas as palavras nem sempre são
ditas, mas as atitudes demonstram a mais sincera vontade de nos ver felizes.
Quando o outro compartilha vida, pensando no hoje e no sempre, podemos
reconhecer algo do amor... e dizer sem medo que amamos, pois talvez amanha não
teremos esta oportunidade.
Por isso, o amor
é eterno porque ele vai conosco para qualquer lugar, nesta vida ou em outra...
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